Usar audiovisual na sala de aula é um dos recursos didáticos mais comuns, mesmo em instituições tradicionais. Poucos sabem, mas a exibição de filmes nacionais nas escolas está inclusive prevista na legislação. Em 27 de junho de 2014, um projeto proposto pelo senador Cristovam Buarque transformou-se na lei 13.006. De acordo com o texto, define-se que “a exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais.” Mas, para além das determinações legais, a exibição e reflexão sobre filmes com os estudantes pode ser uma ferramenta importante para gerar debates acerca de aspectos relacionados ao seu desenvolvimento integral.
Os alunos hoje procuram formas mais interessantes de aprendizado. Pensando num jeito de apresentar os temas transversais necessários ao aprendizado e à convivência dos alunos do 4° ano do Ensino Fundamental, tive a ideia de trabalhar com recursos audiovisuais. Conversar sobre temas como meio ambiente e bullying já era uma constante nas aulas, mas percebi a necessidade de introduzir uma ferramenta que trabalhasse esses ensinamentos de forma lúdica, para que os alunos refletissem a partir de mensagens transmitidas de outras maneiras.
Um garoto mora com o pai e a mãe, em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, no entanto, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.
Um homem (Selton Mello) com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína (Camila Pitanga). Ele enfrenta as batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, e passa pela Balaiada e o movimento de resistência contra a ditadura militar, antes de enfrentar a guerra pela água em 2096.
Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. O filme segue-o até seu verdadeiro final e então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.
1970. Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia, sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir da perseguição política, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). Porém o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tena quhe ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário que é vizinho do avô de Mauro.
Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.